BLUE

JUKEBOX

21 de out.

Em Janeiro de 1971, JONI MITCHEL entra no estúdio da A&M Records, na avenida North La Brea, Hollywood, Los Angeles, para gravar seu quarto álbum, Blue. O disco é a uma proclamação da intensa experiência sensorial da artista com o mundo que a cercava. A crescente visibilidade e a exposição pública se intensificam com o sucesso, impactando a vida pessoal da cantora e compositora. Crescem suas indagações sobre a prevalência da liberdade e individualidade no entrelaçamento das amplidões do viver em sociedade, que naquele momento experimentava uma profunda transformação.

James Taylor e Joni Mitchell nos estúdios da A&M Records durante as gravações do disco Tapestry de Carole King em 1971.
Mitchell realizava as gravações de Blue, para qual Taylor também contribuiu, nas dependêncşas da mesma gravadora.

Motivada por estes questionamentos, ela se afasta da atmosfera da comunidade artística de Laurel Canyon, Los Angeles, onde vivia, colhe novas experiências em passagens pela Espanha, França e Grécia para formatar suas convicções pessoais e que orientariam as narrativas das canções do álbum. Joni refere-se ao disco como uma corajosa metáfora hiperbólica pessoal, o celofane que contém e dá forma, sem esconder o conteúdo.
O New York Times qualificou o trabalho como um dos marcos musicais do século 20, a NPR, o mais importante disco gravado por uma artista feminina e na RADIOACTLIFE, a suprema realização da sublime simplicidade. Um event horizon no infinito universo do sentimento humano, para onde tudo converge.